quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Origami seduz noivas e leva forma e cor a casamento

No teto, três mil borboletas brancas davam o tom da decoração e intrigavam os presentes. Teve até homem que reparou -e comentou. 

Preço depende do tipo do papel e da quantidade
 
A novidade, que exigiu um olhar atento dos convidados do casamento de Paula Stecca Stefan Segamarchi, 25, em Sorocaba (a 99 km de São Paulo), era nada mais que papel dobrado.
A milenar arte japonesa de fazer dobraduras tem roubado o espaço de muita flor e até dividido o altar com as noivas -que, assim como Paula, nem são descendentes de orientais. 

Borboletas de origami feitas por Adriana Suzuki decoram o casamento de Paula Segamarchi, em Sorocaba (SP)
 
Os origamis também viram forminhas de doces, lembrancinhas e, acredite, até o buquê.
Há quem escolha as peças por ter uma relação afetiva com as dobraduras. Outras porque buscam uma decoração original e duradoura ou ainda pelo significado que carregam -zelo e dedicação.
"Mas teve uma mulher, por exemplo, que queria um buquê azul turquesa, porque tinha um significado especial para o casal. Com o origami, ela conseguiu a cor que procurava", conta
Adriana Suzuki, 34, que largou a odontologia para se dedicar à arte, que aprendeu com o avô. 

 Toalha de mesa de flores de origami, produzida por Verônica Jamkojian para uma festa


As flores azuis, aliás, estão em alta. Não são as mais requisitadas (o branco lidera), mas é uma das cores mais procuradas, por causa do vestido de noivado de Kate Middleton.
As noivas que procuram Adriana costumam se encantar por borboletas e tsurus, famosa dobradura em forma de pássaro. Geralmente pendurados, dão um ar de conto de fadas ao "final feliz" do casal.
Já no ateliê de Verônica Jamkojian (ela não conta a idade, mas só de origami tem 25 anos), não tem quem não se encante por sua capacidade de transformar papel em flores (de qualquer espécie).
Maiores que a mão ou do tamanho da ponta do dedinho, as pétalas levam sofisticação à decoração.
Mas o noivo também pode inovar e chamar a atenção no "grande dia". Verônica faz flores para serem usadas no paletó. E cravos para padrinhos.
"Tudo bem que nem sempre a escolha é deles. Tem noivas que chegam aqui e já decidem pelo noivo, para combinar com o buquê", conta ela, rindo.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Campanha “Conte até 10” pretende diminuir crimes cometidos por impulso



O Ministério Público de Goiás lança nesta sexta-feira a campanha “Conte até 10. Paz. Esta é a atitude”, que tem o objetivo de alertar para a ocorrência dos chamados “homicídios por impulso”, ou seja, assassinatos que resultam de motivos banais como uma “fechada” ou buzinada no trânsito, um empurrão na porta da escola, um comentário infeliz em um bar, por exemplo. O lançamento em Goiás ocorre um dia depois do lançamento nacional, em Brasília, feito pelo Conselho Nacional do MP (CNMP). O evento será realizado no Colégio Estadual Aécio Oliveira de Andrade, no Setor Urias Magalhães, Goiânia.

A campanha foi idealizada pelo CNMP e pelos MPs estaduais dentro da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), que, por sua vez, é fruto de parceria com o Conselho Nacional de Justiça e o Ministério da Justiça. O material publicitário será divulgado por aproximadamente quatro meses.

Dados

A Enasp aponta que mais de 50% dos homicídios em vários Estados brasileiros têm motivações por impulsos ou motivos fúteis, não diretamente associadas à criminalidade (variação nacional entre 25 e 80%). Pelo divulgado hoje (8/11) pelo CNMP, com dados enviados pela Secretaria Estadual de Segurança Pública de Goiás (período de 1º/1/2012 a 30/9/2012), em Goiânia, do total dos homicídios, os motivados por futilidades ou por impulso chegaram a 53,90% dos casos classificados (compreendendo os passionais, vias de fato e acertos de conta), sendo crescente no Mapa da Violência o aumento de jovens sem histórico de violência acusados desses crimes.




A campanha é estrelada por lutadores renomados do Ultimate Fighting Championship (UFC), como os campeões mundiais Anderson Silva (peso-médio) e Júnior Cigano (peso-pesado), e os judocas Sarah Menezes, campeã olímpica em 2012 e Leandro Guilheiro, duas vezes campeão olímpico. Os atletas não cobraram cachê para participar da campanha na qual passam a mensagem de paz e de não reação em situações de possível violência.


Para o anúncio, foram produzidos vídeos, jingles e cartazes para orientar professores sobre como tratar o tema da campanha em sala de aula. Também serão realizadas visitas a escolas públicas em todo o Brasil, em parceria com os Ministérios Públicos estaduais e demais integrantes da Enasp. O material didático sobre o tema está sendo elaborado em parceria com o Ministério da Educação (MEC).
Um estudo inédito sobre as motivações dos homicídios cometidos entre 2011 e 2012 em 11 estados brasileiros, a partir de dados das Secretarias de Segurança Pública, será apresentado durante o lançamento da campanha.
 
O objetivo é identificar, dentre o total de assassinatos com classificação de motivos, a proporção dos decorrentes de ações por impulso. Segundo o Conselho, o número é superior a 50% em alguns casos.