domingo, 24 de março de 2013

domingo, 10 de março de 2013

Origami ganha softwares para calcular formas


A arte de dobrar papéis tem quase 4 mil anos. Computadores, videogames e celulares, em tese, nada teriam a ver com isso, mas a era digital fez surgir um novo grupo de adeptos das dobraduras. Eles usam softwares de alta precisão, além de aprender e ensinar suas técnicas livremente na rede. 
O artista americano Philip Chapman-Bell, de 51 anos, é um dos criadores de origami tecnológico — que não é virtual; ele ainda é feito com as mãos no papel, sem cortes. Sob o codinome de Oschene, Chapman-Bell é um nome proeminente em uma rede internacional de origamistas conectados à internet, com suas páginas no Flickr, Facebook, YouTube e Twitter, em que defendem a dobradura open-source, que pode ser co-criada ou copiada por quem quiser. “Origami, por natureza, é viral. Seja aprendendo por livros ou com outras pessoas, você está compartilhando um método de fazer algo”, afirma. Tudo a ver, portanto, com a natureza das mídias sociais. 

Com uma produção contemporânea, Chapman-Bell é famoso por suas caixas curvilíneas, feitas com ajuda do software Ori-Revo. Desenvolvido na Universidade de Tóquio, o programa permite aplicar fórmulas matemáticas a um origami virtual e experimentar possibilidades na tela antes de testá-las no papel. “Pude ver o que pequenas mudanças nas fórmulas fariam no modelo final sem ter que dobrar o origami todo de novo.” A precisão das formas possibilita que os modelos sejam facilmente reproduzidos também pelos iniciantes nas dobraduras.